quarta-feira, 29 de junho de 2011

Onze

Longas tempestades se apossaram de mim e a calmaria nem bem se avista ainda.
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Todos os anos são a mesma coisa. Chega uma época quando o inverno no sul impera que uma sensação ruim em minha mente se instala uma tristeza. Talvez seja uma desordem hormonal cíclica que ocorra em meu tecido cerebral ou porque eu considero que os anos se iniciam e terminam no cair do frio. Mas o que acontece é que esta época começou.

Nestas épocas meus olhos de observador se aguçam e começo a refletir sobre o que tenho feito nos últimos meses. Sobre um olhar raso diria que isso é uma coisa boa, mas já aprendi que talvez não o seja. Não direi simplesmente que esta revisão trará coisas boas, pois ela sempre traz amadurecimento e algum tipo de evolução, mas é sufocante e quase enlouquecedor estar neste estagio. Não consigo descrever a situação, não existe em meu vernáculo alegorias que as explique bem como não existe certeza em nenhuma palavra que digo.

Considero triste saber que sobre mim recai uma educação, principalmente emocional, falha que só me preparou para sentir sofrimento com as falhas e temer cometer-las como se houvesse punição maior que aquela imposta por nossas mentes. Foi esta educação que me fez acreditar que nesta época de minha vida estaria envolto por pessoas de espírito e ações nobres, mas foi um doce engano enquanto sonhado e uma amarga decepção agora que a vivo. Talvez a podridão tenha invadido os mais altos estágios da evolução da mente ou simplesmente aqueles que lá o chegam se contaminam ao sentir o cheiro do poder. O que eu acho, agora é que na verdade o mundo real, aquele fora de nossas mentes feito por nossas ações e posturas perante o mundo, seja o mais puro senso de futilidade que existe. Não me resguardo a indicação de estar no meio destas vis figuras, pois já me vi compartilhar do mesmo cálice que elas. A verdade é que a persona que escreve isso é a imagem fragmentada de minha consciência que talvez nesta época ganhe forças suficientes para assumir as redes e a voz.

Contesto fortemente o caminho que avisto a minha frente, por que tenho que fazer parte do rebanho que se acha especial, não o sou. Corrigindo, sou tal especial como todos o são, tenho a mesma fagulha de poder onipotente que precisa ser despertada, mas minhas intenções e usos dela esbarram nas de todo um universo. Ajo como uma gota em um turbilhão que tentasse fazer força para mudar seu sentido. A sensação é frustrante. Numa epifania um ano atrás vislumbrei que era incapaz disso, mas talvez se eu impulsionasse outros, estes poderiam sair do turbilhão. Para isso só precisaria me encher da força necessária para ajudá-los. Descartando as metáforas isso consistiria em obter na ordem conhecimento, influencia e dinheiro. Talvez um pouco de ambição tenha conseguido se desenvolver dentro de mim e com isso comecei a galgar alguns degraus nesta escada. No começo senti o incomodo de algo enorme instalar dentro de mim, meu ego. O tempo correu e agora noto duas falhas nos meus planos: a corrupção já existente dentro daqueles que marquei a serem impulsionados e acima de tudo a corrupção que ocorreu comigo quando eu me pus neste caminho. Bati de frente na futilidade que este mundo é pavimentado.

Sinto-me soando como um velho senil, paranóico que reclama do mundo dizendo que seu tempo era melhor, mas nem isso eu posso dizer, pois meu tempo se existiu não vivi e do contrario é o mesmo que eu sinto abominação. As vezes me sinto como os intelectuais das mídias que criticam o mundo, mas não movem um centímetro diante do espelho ou que criam alteregos que buscam vender para se sentir especial diante do mundo ao mesmo tempo em que engrossam os rebanhos. Talvez eu me enquadre neste sem ao menos ser famoso.

Talvez tudo isso se deva a minha imensa tolerância com o mundo junto a minha retaliação a minha conduta. Minha realidade se encheu de “talvez”. Rendi-me a tranquilidade da aceitação das mazelas do mundo ao mesmo tempo em que aceitei minha incapacidade de mudar o mundo. Nesta hora eu me odiei. A criança interior já tinha dito adeus há muitos anos, mas seus desenhos e brinquedos ainda estavam guardados e os acabava de queimá-los. O cheiro de queimado de meus sonhos se juntou a das esperanças e só pude ouvir o silencio. Nada mais fazia sentido, nem as minhas palavras. Sorte pois acredito que isso só durou algumas horas no mundo real. Séculos se passam em minha mente e o fogo já consumiu tudo.

Soa engraçado quando você diz a si mesmo após comprovar que as pessoas só usam você como escada ou escudo e que não tem honra. Perdi a graça quando você descobriu que você sempre buscou ou deixou acontecer isso. Arde após um beijo. Desta vez não houve figura de linguagem ou talvez ela fosse, mas sutil que eu pude captar. Queria poder salvar alguns de meu repudio mas todos já saíram de minha margem de tolerância de imperfeição humana. Até os amigos e inclusive a família. Temo me encaixar de vez neste quadro ao mesmo tempo que sei que já ocupo meu espaço lá.

O único medo verdadeiro que eu tive foi do futuro e que eu o disfarçava dizendo não gostar de rotinas ou programações. Agora não me parece estranho ser considerado estranho ou repetir ate a exaustão do respeito de meus amigos a débil frase “eu sei”. Agora o futuro de minha adolescência já é a realidade que eu vivencio, sem os devaneios ou floreios apenas os fatos e surge a duvida o que farei a seguir. A mentira de viver sem programação agora é forçada a se tornar realidade e o que fazer eu não sei. Decepção e duvida são as palavras que aparecem quando eu pisco os olhos. Talvez deva parar de piscar.

"Há momentos em que ninguém pode lhe ajudar nem mesmo você mesmo."

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Lawful Good e napalm.

Em minha empreitada pelo heroismo descobri uma coisa que as pessoas maduras sabem, muitas menininhas não e que eu teimava em não assimilar (afinal eu sempre soube). Bondade é um pé no saco para o sucesso. Calma pessoal, não vou me transformar num vilão. A ideia é outra.
Antes de propagar minha ideia vou demonstrar a situação ambiente: eu, a persona literaria que vos fala, apesar de possuir habilidade de criar grandes planos de ação que visam alcançar meus ideias mais intimos não possuo a capacidade de po-los em pratica aja visto que possuo uma trava psicologica que me poe de volta no eixo da lealdade e da bondade. Se não intenderam irem simplificar: Sou bom moço demais e não consigo me aproveitar de situações favoraveis para tirar uma "casquinha".
Antes de achar que estou fazendo tipo para conquistar algo direi: "Você é infantil é acredita em conto de fadas, onde ser correto te leva a algo?". Estão avisados.
Falando sobre goodguys estava pensando qual será a logica que faz as mulheres gostarem de badguys. A unica explicação plausivel que imagino seja a de que elas querrema emoção, e quando a encontram se agarram a ela até vomitarem e quando isso ocorre e se machucam ou colocam tudo para fora correm para os braços do amiguinho babaca. Caras não sejam amiguinhos babacas tenham atitude. Não estou dizendo para catar sua "amiga" (apesar que não é uma má ideia) mas sim que não se deixem ser usados e que não paguem de bom moço. Sejam o niceguy, o cara legal mas que caso marquem bobeira "senta o pau". ( as vezes eu não sei quando eu estou dizendo algo com duplo sentindo.)
Voltando ao importante: Esta caracteristica minha já impediu muitas ações ( a cara de nerd boco também ajudou para impedir estas ações). Mas meu plano é....Aceitar. Exatamente eu não irei lutar contra a corrente de meus instintos se sou um retardado continuarei a ser afinal exceto talvez pelo Tony Strark nenhum heroi é badguy ao mesmo tempo. Em minha defesa digo que Tony Strak é uma figura ficional e eu não. (eu será que é o contario).
Resumindo: Por mais que eu queira queimar todo o goodguy que existe em mim e construir um badguy em cima, isso nao me possivel. Portanto irei tentar prosuzir uma mascara de niceguy e começar a andar com ela. Vai que um dia ela cola.

"LN= LAWFULL NAPALM, esta é a melhor tendencia que há".

terça-feira, 10 de maio de 2011

Vestindo a capa...

Tomei uma decisão. Vou ser um super-heroi. Não, eu não tenho 5 anos e acabo de ver o Goku se transformar em super sayajin.(eu nunca fui super fã de DBZ). Apenas tomei coragem de definir uma meta de vida. Mas não pense que meu plano é mirabolante: não pretendo tomar radiação gama no peito nem fazer um pacto com alguma entidade superpoderosa, afinal estamos falando de vida real. Minhas ideias são mais simples.
Primeiro eu preciso ser bem sucedido profissionalmente. Não quero dizer podre de rico nem famoso, nada disso é o foco.Sem hipocrisia: Eu quero grana sim. A ideia é conseguir dinheiro um pouco acima da sobrevivencia, algumas dezenas acima e conhecer pessoas influentes. Saibam garotada, na vida tudo se faz através dos contatos certos. Para isso serão necessarios no minimo mais cinco anos. Não gosto de perder tempo mas é um tempo saudavél a se investir.
Segundo: preciso de avistar os "cidadãos indefesos". Brincadeira. O que eu quero dizer é que eu não quero ajudar todo mundo. Desculpa eu não sou santo, nem humanista. Eu só vou ajudar aqueles que segundo a máxima do pequeno principe: " sou eternamente responsavel pois cativei". Ou seja minha missão é perpetua de ajudar aqueles que me querrem bem. Repetindo eterna.
Uma vez uma senhora com a qual conversava me disse que isso era impossivel, que isso não é trabalho de seres humanos, eu respondi sorrindo: "Tomá no teu cú! Eu só defino de impossivel quando eu falho e desisto de tentar". Algumas vezes eu desistir mas por cargas d'agua eu retornei a tempo de concluir meus feitos. Nada grandioso mas, tudo importante o suficiente para que muitos temam fazer.
Como todo super-heroi eu tive meu incidente inicial de despertar. Não irei direi qual foi. Deixarei para os cronistas do futuro descobrir. O que posso dizer: A ameaça de perda é a melhor forma de acordar para a realidade.
Falando em realidade eu a odeio talvez por isso eu quero ser um super-heroi. Tudo bem que eu não quero mudar o planeta todo, não quero uma nova ordem social. Meus planos são mais locais, eu gosto da teoria "acha localmente pense globalmente". Eu quero proporcionar um "mundinho" melhor para as pessoas especiais. Quando eu digo mundinho me refiro a um ambiente harmonioso diferente do ao redor, particular a cada individuo o qual é mais propicio ao desenvolvimento e realização de sonhos, cuja as leis nem sempre estão de acordo com a norma comum. (Parece que retirei de algum dicionario, ou livro de auto ajuda).
Este é meu tratado público de me tornar um heroi. Eu propositalmente tirei o super, pois afinal não estarei fazendo mais do que minha obrigação.Qualquer coisa ativei o L sinal que eu aparecerei. Eu sempre apareço para salvar a "galera".

Assistam Kick Ass. "I want you to kick ass"

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Ultima ilusão e novo jogo.

Ocorreu o que eu mais temia: a ultima ilusão que eu tinha se desfez. Isso não é algo que se deve comemorar. Mas incrivelmente não estou tão ruim quanto esperava.
O que ocorre é que eu acreditava que eu tinha a missão de vida de ajudar os outros a realizarem seus sonhos e para tanto foquei todas minhas ações neste estilo de vida.Mas quando ontem eu tentei fazer o papel do bom amigo e tentei colocar uma amiga minha para cima, mas não consegui.
Incrivelmente isso só serviu para incentivar o necessidade de mudar de estilo de vida,jogo pegar o quepe que atirei ao chão e me lançar em um novo jogo.
Este novo jogo, fato que me assutou, eu já pratiquei instintivamente com certas pessoas e agora vou expandir este jogo para novos ambientes. Para ser sincero meu ideal, como sempre foi, será combinar meu estilo de vida com um outro que agora estou estudando as regras e as diretrizes.Talvez eu entre num caminho insano e problema, mas imaginando que eu perdi todas minhas ambições e ilusões esta na hora de tentar algo novo.Realmente novo.
Particularme não vejo aptidoes para este novo jogo, mas como já me ensinaram, aquele que treina superará aqueles que já os são.
Deixo para tras uma parte de mim e começo a forjar uma nova imagem para se usar.Esperem algumas mudanças de palavras e até algo que soe como hipocrisia mas é apenas uma mudança de conceito.No momento estou triste mas isso é a resistência e eu remoendo os ultimos fios do antigo estilo de vida.

Para finalizar uma frases parafraseada:
"Confie em mim que eu farei você confiar em si mesmo"

"A regra número um é entrar sorrindo e tratar todos como se conhecesse...em algum momento será verdade"

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Uma historia que me veio...

Errantes,

Prologo.

Sobre aquele monte se encontrava nossos três heróis. Eles não estavam descansando como a maioria dos jovens da região estavam a esta hora de um estranho dia do segundo mês do ano.Eles estavam solucionavam os problemas desta manha, como eles normalmente faziam todas as manhas desde que se colocaram no caminho desta cidade, na base do aço e do suor.Sim por mais que não parecesse a primeira vista eles eram cavalheiros, cavalheiros sem heráldica ou patrono, mas ainda sim cavalheiros.

Na verdade os três não estavam lutando de verdade, o certo é que apenas dois lutava e um se defendia do jeito que podia. Ele até que ele tinha habilidade neste ponto. Ele era Laurel Casúr, mas ninguém o chamava assim exceto ele quando se cobrava. Ele era para a maioria o Secht e assim preferia ser chamado.

Mas ao observador desta batalha não veria nenhuma graça no combate se ditassemos os nomes dos não tão nobres cavalheiros que ali lutavam.Como qualquer ser humano nos só queriam saber de pão e circo. Diversão ao expectador, aquela batalha já oferecia. O belo som de metal rasgando carne não se ouvia direito, não porque ataques não eram acertados, pois muitos foram executados com precisão mas os gritos e as palavras para sincronização de ações que vinham juntos a estes ataques abafavam a audição de qualquer coisa diferente de algazarra.

O final daquela pequena luta matinal foi favorável ao grupo, não por simplesmente eles terem vencido mas sim porque os ferimentos foram poucos e os ganhos razoáveis. Tudo terminou com uma jogada ensaiada de Secht distraído um alvo, Jaybi forçando seu oponente a entrar na lamina de arc, e este por sua vez finalizando o emboscado e o engando por Secht pelas costas.Na verdade inicialmente eram três inimigos mas um outro de inicio já cairá com um ataque simultâneo dos três. Basicamente assim que funcionava as batalhas dos três: o aparente líder ou alvo mais perigoso caia por ataques combinados e os demais morriam pelas mãos de Jaybi e Arc principalmente pelas lamina de Arc. O resultado final foram três escoriações para Secht, um pequeno arranhão no ombro de Jaybi, manchas de sangue para Arc, três corpos no chão e um pouco de suor sobre a grama.

Como se existisse um pacto antes firmado enquanto Arc se recompunha, xingava e se gabava ao vento pela vitória, Jaybi arrumava as coisas do precário acampamento para continuar viagem e Secht dava cabo daqueles que teimavam em viver e se apropriava dos espolios da contenda. Curiosamente nem sempre foi assim, no inicio Seacht não matava ninguém, Jaybi pouco ajudava em arrumar as coisas e.... Arc pouco mudará neste tempo. Quando Secht terminará de recolher o importante e útil,Jaiby e Arc, depois de se expressar por completo, terminavam de guardar as coisas.

Em poucas palavras Secht passou o que foi obtido. Pouca coisa mas na vida que eles estavam já era um belo ganho. Sem demora eles pegaram sua mochilas e coisas e foram andando enquanto cuidavam de suas armas. As mochilas eram grandes, pelo menos a de Secht, ele carrega as coisas de uso comum e também ele era o que tinha mais coisas, muitas pouco úteis mas ainda sim coisas.Os outros dois carregavam mochilas bem menores que ajudavam a disfarçar a diferença de altura e parecer um grupo mais homogêneo.

Enquanto eles caminham podemos fazer as devidas apresentações.Já foi feita a do Secht mas como pode ter observado suas funções no grupo são de backstage.Ele ajuda e promove a subsistência do grupo.O outro cara que vinha mais atrás é o já citado Jaiby, Athel Jaiby. Na verdade este não é o sobrenome dele mas na primeira vez que os três se encontraram ele começaram a chama-lo de Jaiby e este o adotou como sobrenome.Apesar de seu humor mordaz e aparente discrença pelas crenças da maioria ele é boa pessoa e ocupa uma função de apoio á qualquer função que venha a ser necessária. O terceiro como já percebido é o Arc, Arc Taisce, o mais baixo e agressivo do grupo que por tanto ocupa a função de “bolo de carne”, ou seja, sua função e lutar. Para ser sincero todos tinham capacidades semelhantaes e conhecimentos variados em diversas áreas, esta divisão de funções era puramente por que eles se sentiam bem nelas e também baseada em suas desvantagens.

Em pouco mais de uma hora de caminhada sem descanço ou corpo mole eles passaram pelo marco da cidade: “Bem vindo a Beltimore”, uma já suja placa Verde e Branca de transito. Talvez os moradores da “vila” que por ali passarvam tenham esquecido o qual dura era a vida fora do perímetro da “vila” pois logo começaram a falar mal dos nossos recém chegados. Não, eles não andavam sujos, a primeira regra da boa convivencia prevê se manter limpo e assim instintivamente eles a seguiam. O problema é que numa vida peregrina não tem como fazer tudo com perfeição então havia um desmazelo nas coisas que usavam.Eles logo se encaminharam para a “prefeitura”, palavra antiga que agora pouco fazia sentido.

Desculpe, talvez não estejam acostumados a estrutura de uma cidade e uma “vila” por isso irem tentar explicar apesar de ser difícil para aqueles que nunca viram. Uma “vila” na verdade é uma serie de nichos e túneis por debaixo das ruínas da cidade que por sua vez é uma antiga comunidade onde se vivia antigamente, bem antigamente. Para se chegar a vila é necessário normalmente entrar no perímetro urbano da cidade e depois procurar a entrada secreta de um dos elevadores que levam ao subsolo e com isso chegar a “vila”.Isso tudo normalmente demora muito tempo e é perigoso pois nas ruínas se escondem muitos bandoleiros, perigos e coisas estranhas mas nossos heróis tinham informações sobre a localização de um dos elevadores e também era muito cedo para as feras diurnas e muito tarde para as noturnas. Prefeitura é o termo as vezes utilizada pela sede de governo que cada cidade tem que fica sobre o controle de uma companhia.

Nossos heróis estavam tão acostumados com a roupa de superfície que somente quando chegaram as portas da “prefeitura” que a tiraram deixando a vista suas verdadeiras vestimentas. Não estou com paciência para descrever suas vestimentas pois coisas mais importantes acontecem no momento. Secht tomou a frente assim que entrou no nicho da “prefeitura” e disse para a muito bela da secretaria que ele tinha uma reunião marcada com o “audiente “ do dia e que seu nome era Philip Blue e aqueles atrás dele eram seus guarda costas da companhia. Como sabem este não era seu nome mas era o cartão de visitas essencial caso quisessem ser atendidos de imediato. Lógico que nem sempre existia um Blue na lista mas este era um sobrenome comum de famílias importantes da região que ajudava a criar a atmosfera de pressa principalmente quando vinha acompanhado do termo “ trabalho para a companhia ...”. Logico que a companhia tinha que existir.O álibi de trabalhador importante de companhia caia bem por que ele tinha um perfil fraco típico dos aspones de companhia.Oculos disfarçam qualquer um.

A secretaria provavelmente inesperiente caiu como um pato no papo do Secht e nem olhou na lista simplesmente deu sinal para entrar na sala. Eles desceram as escadas rindo para dentro pela enésima vez enganando as garotinhas.Três lances de escadas e muitos guardas pelo caminho depois estavam eles na frente do “audiente”, um homem de meia-idade de cabelos curtos e bem penteado sem barba e com olhar feroz. Nessa momento toda a técnica de persuassão adquirida naqueles 21 anos dos três foi usada com o simples intuito de conseguir um trabalho. Eles viviam disso de realizar pequenos serviços se busca, entrega, caça e destruição de coisas ou pessoas e usando da imagem de companhias famosas para ganhar mais credibilidade e acesso a informações famosas. Eles eram cavalheiros sem nome que ofereciam seus préstimos as diversas ” vilas” pelo mundo.Pode parecer familiar e até fácil mas nem é tanto, muito se arrisca nesta vida.Apesar que toda “vila” precisa de um herói.

O jovens cavalheiros conseguiram um trabalho.Não tenho certeza se por causa de suas palavras ou se por causa de a “vila estar precisada mas, o que acontece é que eles conseguiram um serviço. Na verdade a promessa de um serviço pelo “audiente”. Após receber a promessa eles se retiraram e foram arrumar sua estadia ali. Secht foi em busca de uma casa que os hospedasse a baixo custo, de preferência nenhum, Arc e Jaiby vender algumas coisas obtidas no caminho. Toda lugar civilizado tinha algum lugar que comprava quinquilharias dos tempos passados. Havia louco para tudo neste mundo.

Em uma hora estavam eles de volta ao local em frente a “prefeitura”, a dupla tinha conseguido alguns trocados para consumo naquela vila e Secht um canto para descansar o corpo cansado dos últimos dias de viagem. O descanso daquela noite seria a casa de um velho lavrador que oferecerá sua casa em troca de alguma proteção contra ladrões.A casa era uma porcaria mas era melhor que dormir do asfalto do lado de fora. E assim dormiram os três jogados numa sala pouco mobiliada de um casebre num nicho pouco afastado na vila.

Não estranhem eles dormirem de manha pois assim eram as a vidas deles, caminharem pela noite para não serem queimados pelo sol, dormirem pela manha toda até um par de horas antes do meio do dia acordarem para refazer os planos, fazer as animosiades do dia-a-dia, esperar até o cair da noite e continuar viagem. Ao todo no dia eles dormiam cinco a seis horas. Até que era muito para pessoas que passavam a maior parte do tempo na superfície, mas eles eram jovens e despreocupados.

Enquanto eles dormem podemos falar um pouco mais sobre nossos heróis.Arc lutava com uma pesada espada de aço-carbono de pouco mais de 1,40 de lamina aos moldes de uma antiga claymore a qual carregava nas costas não a arrastando por quinze centimentros e e um escudo retangular de algum material ignorado por ele, ambos sempre expostos, fator surpresa não era coisa de seu feitio. Ele nornalmente viajava com uma calça de tecido grosso, Botas para longas caminhadas, e uma camisa sem mangas recorbeta por placas de plástico resistentes. Jaiby tinha duas armas algo semelhante a um guisarme muito antigo que ele encontrará a muito tempo e um arco moderno com duas roudanas para maior pressão que ele conseguiu numa luta recentemente. Ele andava com uma calça também de tecido grosso, uma camisa com mangas com placas de plástico resistente ambos de cor neutra diferentemente das de Arc. Secht tinha três armas uma para cada ocasião: uma besta leve de madeira um pouco antiguada, uma picareta leve que ele sempre dizia ser um “martelo”, e dois kukris para emergências sempre escondidos.Ele andava com um tênis de corrida, uma calça leve reforçada com plástico resistente, uma camisa de manga longa leve e um colete de tecido grosso.Atenção eles acordam.

Como prometido, perto do meio do dia eles já acordados, já batiam a porta com o pedido de trabalho da vila. O que será que os esperavam esta “vila” eles não sabiam mas logo estariam realizando.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

O obstinado e o desertor- Janelas abertas de uma mente que não para I

"

“Se os olhos são as janelas da alma, os cegos vivem em eternas prisões. Você tem enxergado ao seu redor?”

O dia ainda não terminou. Eu acordei o sol. Seis horas de constante vigília é sobrenatural. Tem algo errado comigo. Realmente errado.

Já ouvi que cabeça vazia é a oficina do diabo então nesta madrugada ele foi exorcizado. Pense em milhões de coisas, mas o tempo parecia rodar ao contrario. Melhor, desde o acidente parece que eu estou constantemente correndo, a mesma sensação do tempo lento.

Das duas até agora estou pensando o que ocorreu realmente comigo. Não é normal, alguém ser atropelado a mais de 72 km, (a distancia que ele percorreu naquele pouco tempo era de quase 20 metros), ficar desacordado somente dez a trinta minutos (eu despertei com ambulância), e não conseguir dormir. Minha mente esta cansada, mas meu corpo permanece obstinado a ficar desperto.

O mais enlouquecedor, estou a seis horas revivendo trechos de vida que não são meus! Eu nunca estive fora desta cidade, eu nunca trabalhei como operário em uma ponte. Eu nunca tive um filho, eu nunca velejei... Meu Deus o que esta acontecendo comigo?

***

-Dormiu bem, Seth?

- Por incrível que pareça, nem dormi.

- Então precisamos aumentar o remédio

Não eu não disse que eu estou sentindo dor, só disse que... Alguém esta chegando à porta esta se abrindo.

- Que surpresa boa! (ele não esperava por olhos abertos) Que bom que o Senhor está acordado Seth, eu precisava falar com você mesmo.

- Pois diga doutor, estava te esperando há muito mesmo para falar...

- Bem... olhando aqui seus exames você já pode ir pra casa... (fazendo silêncio constrangedor) Bem você volta aqui dentro de 15 dias para mexer no gesso.Não faça exercícios fortes e descanse.

- Certo. ..

- Opa, opa não sai da cama seus pontos podem abrir. Enfermeira leve o ate onde os pais o esperam.

Não há coisa pior que se sentir incapacitado. Estar com um perna quebrado, um braço engessado e todo cheio de faixa vai ser um suplicio. Mas se eu dormir muito passa logo... Pensando bem nem estou cansado. Deve ser culpa da cama de hospital.

Agora entendo como minha mãe se sente quando eu tenho crise de “não preciso de ajuda”. Ser atropelado não quer dizer que estou morto. Mas até que estar sendo empurrado por uma enfermeira parece ate um sonho. Que sonho tonto!

- Esta entregue senhora. Aqui estão todas suas recomendações. Vá com Deus.

- Obrigado.

- Até mais ver. Doutor, 15 dias.

Minha mãe voltou chorar. Que merda de filho faz sua mãe chorar. O médico esta cochichando algo. Presta atenção Seth.

- Aquele garoto tem corpo fechado. Só pode. Atropelado não se recupera tão rápido. Acho que ele tem coisa com o Coisa Ruim.

Medico filho da... Eu Queria ir lá só para tirar aquele sorriso da cara dele. Mas hoje não. Não sujarei minhas mãos.

***

Meus pais estão silenciosos. Acho que vou quebrar o gelo aqui no carro com um “alguém morreu?”. Melhor não. Meu pai não acharia graça nisso. Seus cabelos grisalhos e sua barba rala não combinam com isso. Eu e meu humor de cemitério. Melhor eu falar algo.

- Vamos para casa direto?

-SIM. (xii eles responderam em uníssono)

Meus pais estão preocupados. Convivência leva a conhecer cada mania, truque da conversa. Mas relaxe ninguém vai te bater... mais

Mais imagens povoam minha mente. Agora quase que entendo toda a historia Mais não pode ser somente uma historia. Uma, nunca, duas, talvez, três começo a cogitar...

O carro parou. Ponho-me a andar. Sei que eles reclamam de minha petulância, mas não me importo. Um pequeno esforço destes não me matará. Não preciso esperar abrir a porta, apenas entro. Já critiquei tanto a chave escondida, mas nem por isso, deixei de usá-la quando não quero esperar ninguém.

Nem preciso ouvir para saber que tenho que ir para meu quarto é lá aguardar. O que me pergunto é o que aguardo? Abre a porta. Tira a roupa. Toma o banho.Putz como as feridas ainda ardem. Troca de Roupa. Deita na cama, sente o músculo repuxando, olha para o teto, petrifica nesta forma. Aguarde, aguarde.

"

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Sensual seduction....

Nota: o titulo é o nome de uma antiga musica do Snoppy dog que me veio na cabeça quando me deu de escrever...Hoje a palavra chave é sedução, iniciativa é pah.Roda a vinheta.
Não acredito que podemos ser o que quisermos. Pelo menos não do jeito que estamos. Nossos maiores sonhos requerem abdicar de algo que nós componha. São os custos da transformação.
Acontece que estando em nosso consciente ou não queremos ter alguém ao nosso lado na caminhada que nós faça feliz, neste caso não falo de amigos, pois por experiência própria digo que estes são outros peregrinos que por alguma encruzilhada nos encontramos e pedimos informação ficando assim ligados, falo de algo mais afetivo que por algum motivo minha mente me impede de proferir mesmo que seja virtualmente.
Prosseguindo: como tal para alcançarmos isso nos faz necessario ser dignos.Em tese todos serão dignos se a pessoa interessada assim concordar, entra neste momento a questão da sedução. Sedução é ser mostrar potencialmente apto a completar e/ou satisfazer o outro, nem que seja por um momento.As ferramentas e rotinas você pode encontrar em diversos livros e sites pela rede, alguns pelos quais eu visito mas que que aqui não quero divulgar nada que aprendi.Motivo: a mim não funciona, pois eu não abro mão do orgulho e e afeto que tenho por algumas carcteristicas que possuo que pelas quais não poderei alcançar este objetivo.
Pronto, cheguei ao ponto chave deste textos. Nem todos estão aptos as relações afectivas por enúmeros que são os motivos, sejam porque são rudes demais, não tem auto respeito, não se intregam, tanto faz não conseguiria enumerar tantos quanto suficiente.O que acontece é como nos esportes: alguns nascem com o dom, outros o desenvolvem e alguns mas infelizes por mais que treinem ainda serão pernas de pau.Nota: Treino tem mais propensão a ser eficiente e melhor que dom quando este não recebe suporte do treino.
Aqui não se encontra uma frase de desertor mas sim de realista. Assim como o som não se propaga no vácuo não adianta gritar.Talvez na distribuição dos dons como fiz na vida inteira abri mão do que me cabia para ver os outros satisfeitos. Isso me completa, felicidade alheia.Nota: Segundo minha teoria felicidade é um tipo de radiação.Se propaga e altera os sistemas por onde passa sem mudar o conteúdo.
Resumindo: Toda pessoa busca alguém para trilhar a estrada junto para isso é necessário se mostrar digno sobre os olhos do outro. Nem todos vão trilhar esta estrada acompanhados, porque seus defeitos ocupam espaço demais em sua bagagem.

Troco minha sorte pela felicidade daqueles que me cativaram.
"Serás eternamente responsavel por aqueles que cativa" (parafraseado de o Pequeno Príncipe.)